“Caquinhos de um Velho Mundo”

Escrito por
Alexandre Bianco
Fotos:
Arquivo Pessoal
“Um olhar sobre o revestimento fracionado, sem formatos definidos”, por Alexandre Bianco, proprietário da "BIANCO ARQUITETURA & design"

As obras com padrões craquelados estão presentes em várias culturas, ao longo da história, em todo o mundo. O mosaico é uma forma de arte milenar que remonta às primeiras civilizações, como a Egípcia e a Babilônica, onde era usado para decorar pisos e paredes de templos e palácios, além da sua aplicação na decoração de joias, feitas com pedaços de pedras preciosas incrustadas em metais.

No período Grego e Romano, a técnica do mosaico foi utilizada nos revestimentos das residências nobres, por conta do aumento na disponibilidade de materiais e do desenvolvimento dessa linguagem aplicada à arte italiana: foi nesse período que surgiu a palavra "mosaico", como a conhecemos hoje, derivada do termo grego "mousaikón", que significa "obra das musas".

E continuando ao longo da história, o revestimento das obras do espanhol Antonio Gaudi, se destacam também pelas superfícies craqueladas. No Brasil, esse revestimento se destacou na arquitetura popular das cerâmicas quebradas dos revestimentos, em refugo das produções das fábricas paulistanas, nas décadas de 40 a 50.

Os operários das fábricas levavam cerâmicas com pequenos defeitos, ou mesmo quebradas parcialmente, para revestir pisos das suas residências. Nessa época, as fábricas produziam peças cerâmicas tingidas na cor vermelha, com menor custo e por isso se destacando como a cor mais popular no mercado. Em paralelo eram produzidas peças nas cores pretas e amarelas, com preço mais elevado. Foi a partir daí que as cores dos mosaicos paulistanos começaram a ser aplicados com essa combinação tricolor, e por isso, exatamente com o percentual maior na cor vermelho.

A sustentabilidade venceu o descarte residual, e desde então vários criativos, em ambientes populares e nobres, vêm utilizando essa expressão “artesanal-quase arte”, em nossas casas e até pelos passeios dos nossos jardins, em sofisticadas composições, artísticas e carregadas de memória afetiva.

A linguagem vintage nacional “do nosso caquinho” vem ganhando novamente os espaços mais fashions de vitrines, remetendo cada vem mais à nossa brasilidade, na maneira descontraída de morar. Ressignificar materiais e elementos aparentemente subvalorizados é uma característica marcante na arquitetura popular não só brasileira, mas de todo o mundo.

Diminuir ou aumentar o tamanho dos caquinhos, ou mesmo formatá-los manualmente a figuras geométricas com a mesma quantidade de lados, traz resultados surpreendentes, transformando o revestimento de pisos e paredes em grandes expressões de destaque.  

Da mesma forma a leitura da superfície mudará completamente se espaçarmos mais as peças, ou introduzirmos elementos diversos ou mesmo modificarmos a cor do rejunte: tudo colabora para completarmos a lista de qualidades sobre essa ideia e a sua técnica para favorecer uma aplicação “fora da caixa” de qualquer fabricação industrial.

Como exemplo da produção industrial antenada às tendências e à nossa memória afetiva, a “GAUS Revestimentos” já apresenta com exclusividade na “NA CERTA Revestimentos” (com lojas no Jardim Botânico e Itaipava), a “Linha Jeri”, ideal para áreas externas e solários de piscinas; destacando-se pelas formas orgânicas, com perfeito encaixe, além de uma linha complementar de arremates para a borda da piscina: é uma releitura do vintage, associada às cores da natureza, que se destacam sob o sol, nesse lançamento com o “jeitão do verão”!

A combinação tricolor, iniciada nas décadas entre 1940 e 1950.
A riqueza da variação, sobre o mesmo tipo de material e suas cores originais.
A expressão das cores e suas formas mais variadas de composição “pixelada”.
A  incrustação de outros materiais, confere destaque diferenciado à superfície.
Variações sobre o mesmo tema: as composições dos caquinhos ganham várias interpretações,com a utilização de materiais diversos, inclusive mármores e granitos.
O piso, mesmo com toda a irregularidade das peças, sempre resulta num equilíbrio de percepção do ambiente e/ou da superfície onde aplicado.
A mistura de materiais, as dimensões variadas e a inserção de desenhos, qualificam a superfície durante a sua execução, como num cuidadoso vitral.
O rejunte escuro ajudou a destacar o delicado desenho de caquinhos de flores.
Maxicacos, para quebrar a rotina das peças de menor tamanho, também com a texturas variada dos porcelanatos: será uma releitura?
Piso e parede: por que não? Depende pra onde!
Granitos imitando os caquinhos.
No paisagismo, a expressão maximizada do mesmo conceito, com pedras.
Materiais aglomerados, em tons claros, numa perfeita composição monolítica para o ambiente externo: o mesmo conceito...
Novas composições de paginação podem acontecer, com o corte das peças numa mesma geometria.
Seguindo o mesmo conceito, as indústrias já fabricam seixos com tela, para aplicação em placas
Lançamento de verão da “GAUS Revestimentos”, com exclusividade de venda na “NA CERTA REVESTIMENTOS”.

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